O orgulho de ser professor

Quanto mais resistentes e conservadores , mais fechados e isolados no mundo, que fica cada vez menor.

Por favor, Professor. Você não precisa ser tecnicista , nem dominar totalmente a informática, nem ler todos os jornais todos os dias , nem conhecer tudo ou ter todas as respostas, nem mesmo-se você não quiser-ser o melhor professor do mundo.

Eu só quero que volte a ser o ídolo dos seus alunos;quero ver o brilho nos seus olhos, sentir a sua emoção e ouvir você dizer, bem alto e com orgulho:

SOU PROFESSOR.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Reflexão

POEMA


Incompletude

Um dos sintomas de se estar vivo é a nossa capacidade de desejar e de nos apaixonar,

amar , construir e destruir .

Somos movidos pelo desejo de crescer , de aprender , e nós  educadores,também de ensinar .

Somos sujeitos porque desejamos .

Somos sujeitos,criamos , imaginamos e sonhamos .

Somos sujeitos porque amamos e odiamos , destruímos e construímos o conhecimento .

Somos sujeitos porque temos uma ação pensante , reflexiva , simbólica, laborista no mundo .

Contudo , tem muito sujeito que não é dono de seu desejo ,de seu pensamento .

Como fazê-lo reconhecer o próprio desejo ,pensamento ,se nunca lhe foi possível praticá-lo ?

Madalena Freire (Extraido do livro Educador .pag.24)

Inspirada  pelo poema de Madalena Freire , quero compartilhar com os educadores  que ainda se veem  contagiados na paixão de conhecer o mundo,a se deliciar na leitura desse livro reflexivo,tocante ,provocadora que sugere a nós educadores como tornarmos educadores com "dores'' e delícias de ser o que é .

sábado, 1 de agosto de 2015

MOTRICIDADE



Uso da tesoura
na Educação Infantil
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artigo de Ivanise Meyer


As tesouras utilizadas pelas crianças devem ter as pontas arredondadas, pois evitam que a criança  produza um furo na pele durante o corte. Porém, não devemos esquecer que a lâmina da tesoura é capaz de machucar uma criança que esteja utilizando inadequadamente este instrumento de corte.
Antes dos 4anos, é desaconselhável o uso da tesoura para atividades de recorte.
É necessário planejar atividades para desenvolver a coordenação motora fina que antecedem o uso da tesoura.
Algumas sugestões:

 Coordenação das Mãos (estimulação da movimentação das mãos, sem que o braço faça o mesmo, ficando apenas como em uma postura de "suporte"):


- Apertar e soltar (livremente e usando materiais);
- Bater palmas em diferentes ritmos e intensidades;
- Pintar com as mãos;
 - Rasgar e amassar papéis;
- Brincar com bolas de diferentes tamanhos;
- Modelagem: massa de modelar (plastilina), areia molhada, argila, massa de farinha.
- Tocar instrumentos da bandinha rítmica.


 Conquistada a coordenação das mãos, a criança passa ter um melhor desempenho nas atividades que exigem movimentos diferenciados dos dedos:

- Brincar com os dedos: estalar, entrelaçar, brincar de "tocar piano";
- Músicas que usem os dedos (nomeando ou movimentando os dedos);
- Rasgar papéis com as pontas dos dedos;
- Enfiar em barbante: macarrão (cru), canudinho (pedaços), rolinhos de papel, contas;
- Dobraduras (origami);
- Alinhavos;
- Recorte usando os dedos.


Fases do Recorte e Colagem

- Antes dos 4 anos a criança deve recortar os papéis com as mãos e colar à vontade. Conversar com a criança sobre o uso da cola (exemplos: não exagerar na quantidade de cola).

Nas produções de recorte e colagem podemos observar as seguintes fases:

- Fase celular: recorta e cola de qualquer maneira, sem intenção de formar cenas. Gosta de ter material variado. Nesta fase, a professora deverá intervir quanto ao uso correto da tesoura (cuidado para não cortar os dedos) e o uso da cola (controlar a quantidade utilizada). Ainda não nomeia suas produções.

- Fase das formas isoladas: não dá forma definida ao recorte, mistura muito o que recorta, mas já está enriquecendo sua experiência. Oferecer materiais variados para enriquecer a colagem: barbante, lã, canudinho, algodão, paetês, tecido, etc. Às vezes, consegue nomear suas produções.

- Fase da cena simples: a criança recorta tirinhas e cola para armar um esboço simples. Deixa quase sempre uma área vazia. É uma fase sem proporção. Já consegue nomear sua produção (exemplo: um barco).

- Fase da cena completa: a criança usa as tirinhas, geralmente faz a "linha de base" (o "chão" que aparece também em seu desenho), usa formas variadas para compor sua produção (recorta intencionalmente). Percebe-se uma cena. Nomeia e explica sua produção (exemplo: É um barco navegando no rio.).


Essas "fases" também podem ser observadas no desenho. Cabe ao professor, além do incentivo e de escolher os materiais necessários para cada fase, planejar atividades para que as crianças avancem. A criança não aprende sozinha, não cria no "vazio"... Ela precisa da intervenção do adulto, ou de outra criança mais experiente, para avançar em suas hipóteses e experiências.

O professor deve observar: como a criança segura a tesoura (o canhoto necessita de tesoura adaptada as suas necessidades), como manuseia o papel (ou outro material para corte) e como utiliza a cola, para fazer as intervenções necessárias, pois há técnicas que facilitam o uso dos materiais.

Nunca se ausentar do local onde as crianças estejam utilizando tesoura e cola. Ter atenção aos materiais que serão manuseados, exemplo: não oferecer botões e objetos que possam ser engolidos à criança que coloca qualquer coisa na boca. Se necessário, redigir um combinado do que "pode e não pode" fazer no recorte e colagem. Cuidado para que eles não cortem cabelos e roupas deles ou dos colegas.

Ao utilizar a tesoura, a criança desenvolve o uso bilateral das mãos: mão dominante corta e a outra dá suporte ao papel. 

Para auxiliar o uso da tesoura, o professor deverá planejar atividades de recorte na qual a criança use a tesoura em movimento para frente (linhas retas), direção lateral da tesoura (esquerda / direita), corta figuras geométricas simples (quadrado, triângulo e círculo), corta figuras complexas e corta material que não seja papel (tecidos como o TNT são fáceis de cortar).








artigo de Ivanise Meyer



    

Volte Sempre !




LATERALIDADE

Coordenação visomotora e espacial, lateralidade e direcionalidade para Escrita, Preensão do lápis







Para que a criança adquira os mecanismos da escrita, além da necessidade de saber orientar-se no espaço(motricidade ampla), deve ter consciência de seus membro(esquema corporal e imagem corporal), da mobilização dos membros,independentemente, o braço em relação ao ombro, a mão em relação ao braço e ter a capacidade de individualizar os dedos (motricidade fina) para pegar o lápis ou a caneta e riscar, traçar,escrever, desenhar o que quiser.

Existem exercícios para minimizar essas dificuldades ou se necessário uma avaliação com profissional especializado Terapia Ocupacional.

O professor precisa iniciar com aqueles que visam exercitar os grandes músculos e,posteriormente, trabalhar com os pequenos músculos, seja na educação infantil,seja no ensino fundamental.

Preensão do lápis 

Dificuldades de preensão do lápis tornou mais evidente nos anos primários com o aumento da demanda da escrita, no entanto,algumas crianças podem desenvolver mais cedo pré-escola e outras podem apresentar um certa dificuldade motricidade fina.As crianças geralmente começam a se desenvolver aderência em torno da idade de dois anos.

ESCALA DE PREENSÃO DE LÁPIS E GIZ DE CERA EM ORDEM DESENVOLVIMENTO 

1-PREENSÃO PRIMITIVA

Preensão Palmar supinada(o traçado é feito com movimentação de braço)em torno uma ano a uma ano e meio

Preensão com os dedos extendidos pronada(traçado é feito com movimentação de braço)o braço não fica apoiado na mesa.em torno uma ano e meio a dois anos

2-PREENSÃO DE TRANSIÇÃO

Preensão quatro dedos(movimentos de punho e dedos)e o antebraço apoia na mesa.em torno dois anos a três anos

3-PREENSÃO MADURA

Preensão tripé dinâmica(movimentos localizados 3 dedos(dedo médio,polegar e indicador)O antebraço fica apoiado na mesa.em torno três a quatro anos.

Alguns problemas podem ser observados pelos os professores ou profissionais da área da Terapia Ocupacional.
Lembre-se, preensão do lápis é um elemento importante para escrita.

Dificuldades de escrita pode causar baixa auto-estima,baixa motivação para o trabalho de classe e de casa, e frustração.Os problemas de escrita incluem:

-Lentidão de movimentos na realização de tarefas de escrita
-Pouca graduação na força na escrita Ex:quebra a ponta do lápis
-Pobre espaçamento e organização por escrito
-dificuldade no sentido correto da escrita e números
-Dor nos dedos, punho e antebraço
-Postura sentada inadequada para escrita
-rigidez no traçado –o aluno pressiona demasiado o lápis contra o papel;
-relaxamento gráfico –o aluno pressiona debilmente o lápis contra o papel;
-impulsividade e instabilidade no traçado(o aluno demonstra descontrole no gesto gráfico; o traçado é impulsivo com a escrita irregular e instável)
-lentidão no traçado –o aluno demonstra um traçado lento,tornando um grande esforço de aplicação e controle.
-Dificuldades relativas ao espaçamento (o aluno deixa espaço irregular(pequeno ou grande demais)entre letras,palavras; não respeita margens.
-Dificuldades relativas à uniformidade (o aluno escreve com letras grandes demais ou pequenas demais ou mistura ambas;mostra desproporção entre maiúsculas e minúsculas e entre as hastes;
-Dificuldades relativas à forma das letras,aos ligamentos e à inclinação – o aluno apresenta deformação no traçado das letras.
   

Quando encaminhar para Terapia Ocupacional?

Nosso trabalho na área da Terapia Ocupacional avalia a criança em relação as dificuldades de tonicidade,movimentos de ombro, braço, punho e dedos, movimentação pinça fina, habilidade manipulação, destreza manual, preensão lápis, uso da tesoura, contole postural, lateralidade, praxia viso-motora e praxia viso-espacial para a formação de uma escrita correta e fluente.

Distúrbios na coordenação visomotora 

A coordenação visomotora está presente sempre que um movimento dos membros superiores ou inferiores ou de todo o corpo responde a um estímulo visual de forma adequada.
Ao traçar uma linha, por exemplo,a criança, ao mesmo tempo que segue,com os olhos, a ação de riscar, deve terem mira o alvo a atingir. Isso implica sempre ter atenção a algo imediatamente posterior à ação que está realizando no instante presente.
A criança com problemas de coordenação visomotora não consegue, por exemplo, traçar linhas com trajetórias predeterminadas,pois, apesar de todo o esforço,a mão não obedece ao trajeto previamente estabelecido.
Esses problemas repercutem negativamente nas aprendizagens, uma vez que para aprender e fixar a grafia é indispensável que a criança tenha conveniente coordenação olho/mão, da qual depende a destreza manual.Os esforços para focalização visual distraem a sua atenção e ela perde a continuidade do traçado das letras e suas associações.

Deficiência na organização espacial e temporal

Quando falamos em organização espacial e temporal nos referimos à orientação e à estrutura do espaço e do tempo:é o conhecimento e o domínio de direita/esquerda, frente/atrás/lado, alto/baixo, antes/depois/durante, ontem/hoje/amanhã, etc., que a criança deve ter desenvolvido para construir seu sistema de escrita.
A criança com problemas de orientação e estruturação espacial, normalmente, apresenta dificuldades ao escrever,invertendo letras, combinações silábicas, sob o ponto de vista de localização,o que denota uma insuficiência da análise perceptiva dos diferentes elementos do grafismo. Ela não consegue,também, escrever obedecendo ao sentido correto de execução das letras, nem orientar-se no plano da folha, apresentando má utilização do papel e/ou escrevendo fora da linha. É natural, ainda,que encontre dificuldade na leitura e na compreensão de sentido de um texto, como decorrência da desorganização espacial e temporal.

Problemas de lateralidade e direcionalidade

Sabemos que os distúrbios de motricidade manifestam-se, principalmente,por meio dos gestos imprecisos,dos movimentos desordenados, da postura inadequada, da lentidão excessiva,etc. Entre as crianças com dificuldades motoras, muitas podem apresentar problemas relativos à lateralidade e que podem provocar ou ser provocados por perturbações do esquema corporal, pela má organização do espaço em relação ao próprio corpo.As perturbações da lateralidade podem apresentar-se de várias maneiras:

• lateralidade indefinida –caracteriza-se pela não-definição da dominância, em especial, da mão direita ou esquerda. Nesse caso, a criança vive uma permanente incerteza quanto ao uso das mãos, tornando-se, por isso,confusa e pouco eficiente no desempenho das atividades motoras. Uma dominância não claramente definida pode ser, também, causa de certas dificuldades,como, por exemplo, inversão de letras na leitura e/ou na escrita, confusão de letras de grafismos (traçados)parecidos, mas com orientação espacial diferente.O que conhecemos como escrita espelhada também pode ser decorrência da lateralidade indefinida.

 sinistrismo ou canhotismo – é a dominância do uso da mão esquerda.
A eficiência da mão esquerda, nas crianças canhotas é inferior à da mão direita nas destras, tanto pela velocidade quanto pela precisão, em geral. Podemos observar que essas crianças,bem como as destras, podem apresentar,muitas vezes, problemas de orientação e estruturação espacial que tendem a acentuar-se com a idade, durante um certo período de seu desenvolvimento.Na verdade, um canhoto pode escrever com a mesma destreza e facilidadede um destro. Porém, para chegar aos mesmos resultados, a criança canhota deve percorrer uma série diferente de movimentos e de ajustamentos motores. Sua tendência natural e espontânea,no plano horizontal, é escrever da direita para a esquerda. É, pois,tarefa do professor auxiliá-la e incentivá-la para que ela possa,com a maior brevidade, encontrar seus padrões motores;

• lateralidade cruzada – caracteriza-se pela dominância da mão direita em conexão com o olho esquerdo, por exemplo, ou da mão esquerda com o olho direito. Esse tipo de lateralidade heterogênea – olho/mão – tem sido pesquisado por muitos estudiosos do tema, que, apesar dos esforços, têm chegado a conclusões divergentes.Vários autores levantam a hipótese de que a lateralidade cruzada poderia ser,em certos casos, causa de desequilíbrios motores e outras perturbações,que dificultariam o aprendizado e o desenvolvimento da leitura e da escrita.Há diferentes pesquisas sobre o assunto e não há conclusões definitivas a respeito.

• sinistrismo ou canhotismo contrariado
– a dominância da mão esquerda contraposta ao uso forçado e imposto da mão direita pode comprometer a eficiência motora da criança, na orientação em relação ao próprio corpo e na estruturação espacial. Alguns autores admitem que, em determinados casos, a gagueira, por exemplo,seja conseqüência de sinistrismo contrariado e, no caso, aconselham que a criança volte a usar a mão dominante.

A letra cursiva exige maior esforço mental e físico da criança porque apresenta complexidade de movimentos.De preferência, o professor deve procurar realizar um atendimento individualizado,atento às dificuldades que poderão surgir, incentivando todos os alunos,para que se evitem sérios problemas posteriormente.

Com base nestas informações, o professor poderá fazer um diagnóstico das possíveis dificuldades de seus alunos, fazendo o registro de suas observações e encaminhar para um profissional da área da Terapia Ocupacional.


Psicopedagoga Clínica e Institucional


Joguinhos para leitura



Leitura na caixinha de fósforo...











É uma atividade muito prazerosa e as crianças adoram!!!
A criança lê a palavra que está fora da caixinha e depois confere abrindo-a.
Façam também...


Correio de Palavras
Este é outro jogo que aplico em sala e que as crianças AMAM!!!
Como funciona???
Coleção de envelopes iguais com uma palavra escrita, por fora, e uma coleção de gravuras correspondentes. A brincadeira de envelopar as gravuras de acordo de acordo com o que está escrito por fora pode ser feita por duas ou mais crianças, sentadas à volta de uma mesa. Ganha a que conseguir envelopar um número maior de envelopes. Pode haver palavras repetidas. A verificação, ao final por consulta ao vocabulário de apoio, deve ser estimulada pelo alfabetizador.
Modelo:


Encaixe de Palavras

Aqui está outra atividade da Alfabetização Natural que as crianças AMAM!!!
É um jogo confeccionado em sala com os alunos. São construidas coleções de conjuntos de cartões, que se casem, dois a dois, formando pares, nome escrito e ilustração, separados todos por um recorte específico, que deverá ser igual em todos os pares. No verso da parte desenhada deverá estar escrito, em letra do tamanho menor, o nome da figura para que o aluno recorra a leitura comaparativa deste, como apoio para poder acertar o jogo.

Com isto, desenvolve-se no aluno o hábito de consulta e verificação, bem como a autonomia e a auto-estima.
Pode - se fazer também com a foto de cada aluno para se trabalhar os nomes de cada um!
É um jogo muito divertido e as crianças adoram! Pode-se também, após finalizada a atividade, trabalhar a escrita das palavras e cada grupo fazem a leitura das mesmas para a turma!


Preguicinha Oral

Uma das atividades que mais gosto na Alfabetização Natural é a Preguinha.
O seu processo é a leitura lenta, enunciando-se o som de cada letra à medida que vai sendo descoberto, procurando-se emendar cada som emitido ao seguinte, como na palavra original. Não deixando que fiquem isolados. Após o término, releitura em velocidade normal.
O objetivo dessa atividade e fazer o aluno compreender o processo analítico que está realizando. A preguicinha é uma análise estrutural. O todo significado da palavra permanece inteiro, não é destruído, seu significado não é despedaçado em partes menores, sem conteúdo ideativo. O aluno aprende a descobrir o valor sonoro de cada letra ou conjunto de letras, dentro do todo audiovisual da palavra inteira, sem isolá-las. Isto é a Preguinha!
 Ela pode ser realizada com a turma toda, individualmente ou em grupos, como um jogo entre os alunos.



Os cartões são feitos de cartolina. O envelope de papel colorset. O envelope não possui segredo! É só cortar o papel, dobrá-lo e colá-lo. Não se esquecer de deixar as duas laterais abertas para se puxar a palavra e guardá-la depois!
Apresento aqui a Preguicinha passo a passo:






vamos alfabetizar!